segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cahaça

E o sol mais do que embriagado
Sono perturbado
Passos tortos, cabeça pesada, espelho legendado...
Força que também me cala, no calar da noite onde toda a embriaguez é ludibriada.
Não temo a felicidade, a sinto com toda a força de minha gargalhada
Não temo a dor, a sinto com todas as minhas entranhas
Sou ação...
Rezo pela burrice, mas sou privada dessa virtude!
Talvez o amor serenado, não combine com o meu coração que tem pressa.
Talvez o pulsar seja por consequencia da abstinência propositada, calculada pelo o discernimento.
Estufado talvez o peito pernóstico que tem credito com si

Vodka

Eu sempre quis coisa tão certa, mas só tive desilusão!
Desilusão que me acalenta quando escrevo, e me deprava quando bebo.
Talvez beba para entorpecer a solidão, para suportar...
Hoje me considero mais tolerante, ou talvez burra. Burrice, virtude que sempre clamei, mas nunca tive.
Preciso de colo, colo só! Dei-me conta que tudo que preciso é só isso, simples.
Porque a felicidade é tão difícil de alcançar?
Porque não nos damos conta quando estamos felizes, só quando estamos tristes?
Porque não nos damos conta quando estamos completos? Só vazios?
Eu sou esse vazio, invertida,risada do lado de fora, e choro pedindo clemência...Por favor, me ame, me complete, ou talvez me odeie, pois só assim me sentirei mais completa, ou talvez amada.
Contradição? Imagina...
Sarcasmo? Talvez..
Queria ser feliz com pouco, mas sempre me falta, ou talvez me sobre, esse é o problema...
Sobra, conhecimento, vontade e tesão

vinho

Infelizmente acabou! Tive um carinho especial fui adorada e comparada ao amor como nunca fui antes.
Acho que exigi demais, mas mesmo com essa consciência percebi que faltava alguma coisa, mas quando era tocada havia uma química como nunca houve com ninguém.
Comparar agora linhas vazias com pessoas “felizes” que mesmo infelizes aceitavam essa metade que faltava.
Vamos comemorar a estupidez!Antes de rirmos de nós mesmos
Será que algum dia vou abraçar e me dar conta que será eterno?
Será que algum dia vou me aceitar para assim ser aceita pelos outros?
Será que algum dia vou conseguir eternizar a neutralidade?
Todas essas perguntas são tão intensas quanto aquele copo de vinho que agente tomou na esquina!! Eu sou aquele copo, minha alma tem aquela coloração, minha cabeça está cansada, minha alma sem direção e minha risada do lado de fora.
Vamos dançar e ensinar coisas imensuravelmente estúpidas.
Vamos rezar para nos livrar desta perturbação mental.
Vamos ser falsos para ser aceitos
Vamos traçar nossas metas para quando alcança-las nos darmos conta de uma felicidade temporária e acordarmos sendo pessoas medíocres que sempre vamos ser.
Depois vem às pessoas com “bom senso” e te rotulam pelo mesmo predicado que elas possuem.
E você cego continua cantando e buscando a impossível felicidade.