terça-feira, 28 de setembro de 2010

O novo

Talvez só o inusitado me convença...
Sabe? Aquela criatura estranha que todos detestam?
Aqui estou eu para acolhê-la
Sabe, aquela musica que ninguém escuta?
Aqui estou para ouvi-la
Aqui estou para acolhê-lo em meus braços
Aqui estou eu para achar que os desenganos são assertivos!
Que os acertos são erros,
E que os erros são lindos
E que as paixões só prestam se desencantadas
E que os amores só necessitam para viver, a certeza que vão morrer!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cerveja

Eu o encontrei
Talvez mais despedaçada que os vidros da janela escura do meu quarto
Eu o encontrei
Com um sorriso consumido pela dor!
Com a gargalhada embriagada, com os braços amarrados...
Eu o perdi
Com a inconseqüência da madrugada
Com a premeditação infantil
Eu o perdi
No amanhecer... Quando nossas caras ficam limpas!
Quando nossos corpos clamam por atenção
Quando o frívolo se torna “palpável”,
Quando o palpável se dissipa pelo ar
Na empolgação da purpurina,
Na indagação porque tudo se tornou tão cinza!
Porque tudo se tornou tão cruel,
Porque meu sadismo me permite achar tudo tão maravilhoso?
Eu me perdi,
Talvez dentro de mim
Talvez no meu egoísmo
Talvez no meu “achismo”
Talvez porque sei, e sei que sei...
E encontrei!