quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cerveja

Eu o encontrei
Talvez mais despedaçada que os vidros da janela escura do meu quarto
Eu o encontrei
Com um sorriso consumido pela dor!
Com a gargalhada embriagada, com os braços amarrados...
Eu o perdi
Com a inconseqüência da madrugada
Com a premeditação infantil
Eu o perdi
No amanhecer... Quando nossas caras ficam limpas!
Quando nossos corpos clamam por atenção
Quando o frívolo se torna “palpável”,
Quando o palpável se dissipa pelo ar
Na empolgação da purpurina,
Na indagação porque tudo se tornou tão cinza!
Porque tudo se tornou tão cruel,
Porque meu sadismo me permite achar tudo tão maravilhoso?
Eu me perdi,
Talvez dentro de mim
Talvez no meu egoísmo
Talvez no meu “achismo”
Talvez porque sei, e sei que sei...
E encontrei!

Nenhum comentário:

Postar um comentário